sábado, 11 de julho de 2020

Maison Auvigue Pouilly-fuissé Solutré 2018

    A Rocha de Solutré  é uma escarpa de calcário a 8 km a oeste de Mâcon, na França, com vista para a comuna de Solutré-Pouilly.  É um lugar icônico no departamento de Saône-et-Loire, em Bourgogne-Franche-Comté.  Protegido pela lei francesa e atualmente no centro de uma operação nacional de conservaçāo, ele se destaca por ser um raro fenômeno geológico da região, por ser um local pré-histórico da cultura paleolítica solutrea de mesmo nome, e pela beleza natural.  O ambiente que a sua cúpula oferece, tem flora e fauna distintas.  Ocupado pelo homem há pelo menos 55.000 anos, é também o berço da denominação de vinho Pouilly-Fuissé. 


    Existem várias denominações village na região do Mâconnais, sendo que as mais famosas são Pouilly-Fuissé e Saint-Verán. Os melhores vinhos desses villages exibem notas maduras de frutas tropicais e de caroço, sendo a maioria deles envelhecidos em barril durante um período de tempo para aumentar a textura e adicionar sabores. As videiras estão implanta das nas encostas calcárias da Roche de Solutré. Estás encostas em forma de anfiteatro, onde o sol dá em cheio, ajudam a produzir alguns dos Chardonnay mais ricos e mais maduros da Borgonha, os quais muitas vezes são complementados por sabores tostados da madeira.


Chez France (R$ 197,00 maio 2020). Dourado pálido, aromas de abacaxi, melão, cítricos, notas lácteas evidentes, baunilha. Seco, médio corpo, bom volume de boca, textura cremosa, final médio. Mais ao estilo ‘gordo’ de Chardonnay, privilegiando a malolática. Um bom vinho.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Vidal-Fleury Ventoux 2016


Se você já comprou vinho em supermercado, sabe que é sempre uma oportunidade de descobrir boas garrafas, desde que bem armazenadas, ao abrigo da luz e vibrações. A atenção que o estabelecimento dá aos seus vinhos, fazendo uma seleção abrangente, e com liquidações dos produtos (não só quando o vinho está velho demais, ou oxidado), fideliza os clientes. Se há uma pessoa com conhecimento e paixão pelo vinho, encarregada  de orientar as pessoas e cuidar do estoque, é um diferencial importante também. Muitas vezes o cliente só quer uma dica de um vinho de bom custo-beneficio pra acompanhar o jantar. Porque não ?
E dessa forma conheci muitos vinhos interessantes. O de hoje foi uma dica de um amigo e pude conhecer esse produtor, do qual virei fã.


O Vidal- Fleury Ventoux é um blend com as castas do Rhône: Syrah, Grenache e Mourvèdre. Vinho de cor rubi denso, lágrimas abundantes e grossas. Aromas a cereja preta, chocolate, couro e alcaçuz  . Em boca é seco, com acidez e taninos médios, caloroso, álcool a 14%. Potente e saboroso. Pronto para beber, mas com potencial para evoluir ainda com a guarda. 
Excelente pelo custo- benefício. 
Comprado no supermercado Hippo de Florianópolis , em julho de 2020, custou 69,90 reais.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Horácio Simões Moscatel de Setúbal 2016

Um dos grandes vinhos de Portugal, o Moscatel de Setúbal costuma ser muito valorizado por alguns apreciadores. Doce, oxidado e na categoria dos vinhos generosos, necessita de uma pausa e atenção à sua complexidade e tipicidade. Juntamente com o Vinho do Porto e Madeira, está entre os melhores vinhos generosos doces do País. Pode ser um daqueles casos em que se tem amor ou ódio, mas também por essa diversidade de estilos e opiniões é que o vinho é esta bebida maravilhosa. Se tivesse maior fama, seus preços subiriam muito, ao contrário, é um belo exemplo de vinho de bom custo benefício, como o são a maioria dos vinhos de Portugal. Recomendo muito provar algum, para que se possa tirar suas próprias conclusões e se muitos mais provassem, acredito que seu público consumidor aumentaria. Já havia postado um outro Moscatel de Setúbal aqui. Descobrir o fascinante Portugal dos vinhos passa necessariamente por provar um Moscatel de Setúbal.

L

Vinho com linda cor âmbar de média intensidade, lágrimas numerosas e lentas. Aromas de vinho com oxidação deliberada, mel, pêssego, toranja, raspas de limão siciliano, camomila. Em boca é doce, com muito boa acidez, (que equilibra a doçura), caloroso, muito corpo,  predominando os cítricos e um final com sabor a mel e damasco. Álcool a 18,5%. Muito bom vinho.
Quem importa para o Brasil é a Adega Alentejana.
Adquirido com o representante para SC, custou 69,00 em maio 2020.

domingo, 5 de julho de 2020

Celler Lafou El Sender 2016

O El Sender é produzido por Celler Lafou na D.O. de Terra Alta, Catalunha, Espanha, região ao sul de Barcelona (mapa).


A vinícola utiliza a Grenache como “bandeira”, identificando esta como a casta com maior expressão de Terra Alta. O 2016 é composto de 60% de Garnacha Negra, 30% de Syrah e 10% de Morenillo (casta autóctone da região). Passagem de 6 meses por barricas de carvalho europeu.

Vinho de cor rubi de média intensidade, aromas de amora, mirtilo, chá preto, pimenta branca e preta, alcaçuz. Evoluído . Com acidez e corpo médios, taninos finos, caloroso, álcool a 14%. Confirma os sabores olfativos. Um bom vinho. Penso que essa mesma garrafa, se aberta em anos anteriores, mostraria mais fruta e menos álcool aparente, então é para beber agora, não adequado para mais envelhecimento. 
Quem importa para o Brasil é a Decanter
No site custa 205,20.
Paz, amor e SAÚDE! em época de pandemia.


sexta-feira, 3 de julho de 2020

Domaine de Colette Morgon 2017

A uva Gamay produz os melhores vinhos em Beaujolais, França, na combinação de solos graníticos, que tem níveis baixos de nutrientes, e rendimentos limitados. Dez villages têm direito à sua própria Denominação de Origem: são os Crus de Beujolais, entre estes, o Morgon, vinho de hoje.



Vinho de cor rubi pálido, aromas de fruta vermelha, como framboesa. Em boca é seco, acidez média e taninos finos, corpo médio, boa intensidade de sabor, confirmando as frutas vermelhas, cereja principalmente. Harmônico. Álcool à 13% v.v. Um bom vinho. Me lembrou muito um Borgonha. Se fosse elaborar uma carta de vinhos para algum restaurante, iria incluir um Beaujolais, porque penso que harmoniza com uma diversidade de pratos, como frango, peixe, saladas e comida asiática. E é uma "arma" contra a padronização dos vinhos atuais.

Parece que o Beaulolais é um vinho fora do padrão estabelecido mesmo, sem a cor e a robustez pronunciada dos tintos, mas com uma elegância que o distingue. Gostei de provar.

Quem importa para o Brasil é a Chez France - https://loja.chezfrance.com.br/

Adquirido pelo site, em Maio 2020, valor de R$ 143,00.