terça-feira, 5 de agosto de 2014

Lídio Carraro Agnus Merlot 2011

A proposta para a Confraria Brasileira de Enoblogs do mês de julho foi minha: Vinho tinto nacional sem passagem por carvalho e sem limite de preço.




Com a simplicidade da proposta, tentei envolver os confrades a participar dessa revolução de idéias e ideais que envolvem o fantástico mundo do vinho. Com madeira? Tostadura média? Primeira passagem? Barricas novas de francês ou de americano?

Nada disso.

O objetivo é apenas apresentar a fruta transformada em líquido através da natureza e da mão do vinhateiro e isto aí não é, de maneira alguma, tarefa simples, quando estamos falando de bons produtos. (Eu, como a grande maioria, não sou absolutamente contra o carvalho, só não o aprecio em excesso, mas admito que em alguns vinhos ele dá um toque sublime).

Desconfio, e isto é legal, que todo o confrade quando apresenta sua proposta já tem um vinho especial em mente - comigo, pelo menos foi assim, pois iria a Caxias do Sul e de lá a Bento Gonçalves, então visitei algumas vinícolas, e comprei uns vinhos que achei especiais na Lídio Carraro.  Bettú? Não consegui visitá-lo a tempo. Algum vinho do Marco Danielle? Também não foi dessa vez. Quinta da Figueira, do Rogério Gomes aqui de Floripa? Não pode, porque os vinhos afinam em carvalho. (Espero poder postar em outra oportunidade esses vinhos que também falam da terra, do caráter do homem e da natureza).

Meu vinho do mês para a CBE foi com esse pensamento, o desses loucos improváveis e santos que lutam contra as intempéries munidos destas idéias e ideais, sem mudar ao ritmo da música do momento.
Ih! Acho que deixei o texto muuuuuito comprido, hehe.

Tive a infelicidade de abrir uma garrafa de Lídio Carraro Elos Touriga/Tannat na qual o vinho estava oxidado, solicitei reposição no qual fui prontamente atendido, recebi outra que, bem, também não estava boa, e não publico vinhos que não estejam em condições de serem avaliados. Com isso perdi o tempo de postagem, mas, lendo o blog da Rita Lobo me dei conta de uma coisa: Vinho é para se divertir!
O texto dela é de quem está se divertindo com isso, escrevendo, então perfeição não existe e vamos em frente.
Meu vinho do mês é um Merlot da Vinícola Lídio Carraro, do terroir de Encruzilhada do Sul, terroir este sobre o qual já comentei veja aqui .
 O Agnus é uma linha de entrada da Vinícola, e faz parte desta filosofia purista de apresentar vinhos sem passagem por carvalho. Vamos à prova:
Na taça um vinho de coloração rubi com halo violáceo, lágrimas lentas e grossas. Aromas de média intensidade, vinoso, com frutos vermelhos como framboesa, morango e um agradável toque herbáceo. Leve e macio em boca, confirmando os aromas e a tipicidade da Merlot. Taninos finos, amargor final discreto.
Um bom vinho, acredito que harmonize bem com massas e carnes brancas ou vermelhas sem muito condimento.
Álcool: 13,5%
Comprado na Nostra Adega em Florianópolis, custou 35,00 reais.

Se gostei do vinho? É claro pois não! Muito bom custo-benefício.

Um brinde e um abraço a todos!


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