sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Vinhos do Chile dia 1 - Vale de Casablanca Casa Marín e Matetic

Tinha muita vontade de conhecer o Chile. Afinal, foi com os vinhos desse país que tive o insight de descobrir o que outros chamavam de "vinho fino", e que depois também tive essa compreensão com os nossos bons nacionais. Adiei esse sonho de conhecer esse belíssimo país e fiz outras viagens.

Quando pude aliar o passeio com os nossos filhos pequenos, por causa das férias escolares, planejei unir o útil ao agradável, digamos assim, e levá-los para "conhecer a neve", o que fizemos algumas vezes nessa viagem muito bacana. Mas vou relatar as vinícolas que visitei, que foram uma agradável surpresa, e tive uma certeza: O Chile mudou, a qualidade dos seus vinhos melhorou muito e continua sendo um grande destino mundial para os amantes do enoturismo, como vocês sabem.


O post de hoje é sobre uma das grandes regiões vinícolas do Chile: O Vale de Casablanca. Já havia postado sobre essa região anteriormente veja aqui Este vale foi descoberto em 1982  por Pablo Morandé, que ansiava encontrar um local de produção de vinhos de clima frio no Chile. O resto é
História.

Primeira Parada: Casa Marín 



Algusn amigos já haviam me dito sobre os vinhos especiais da Casa Marín, mas nunca os tinha provado. Quando escolhi visitar o Vale de Casablanca, em Julho de 2019, optei também por ir ao Vale de San Antonio, localidade de Lo Abarca, à 4 km do mar, para conhecer a Casa Marín, e valeu muito!
Fomos recebidos muito bem pela funcionária Yasna Hernández, responsável pelas visitas, que nos abriu as portas da Vinícola e nos apresentou o projeto da proprietária María Luz Marin.

Chamada de louca pelos vizinhos, por empreender à apenas 4 km do mar, Maria Luz Marin é uma pioneira na produção de vinhos nessa localidade, já consagrada como região de alta qualidade para a produção de vinhos de clima frio.
Uma pequena demonstração do solo argilocalcáreo do Vale de San Antonio, que um dia já foi encoberto pelo mar. Fósseis marinhos são encontrados nesse local, cascas de ostras fossilizadas., que dão ao solo essa riqueza mineral tão importante para os vinhos ali produzidos.





"Como resultado da descoberta de locais frios, a Sauvignon blanc tornou-se agora a variedade de uva branca mais importante em termos do total nacional de área de plantio, superando a chardonnay em 2010."               
                                                                                                                              Fonte: Wines of Chile

Se você, assim como eu, aprecia esse tipo de vinhos, este é um lugar único. Destaque mais do que especial para os Pinot Noir e Sauvignon Blanc, excelentes. O Riesling também merece destaque.

                                                                                                



Degustamos alguns vinhos mas o que destaco é Cipreses Vineyard Sauvignon Blanc 2018, uma elegância na taça, grande tipicidade, aromas de fruta fresca, eucalipto, pimentão verde, hortelã. Poderia beber só esse vinho então.

E degustamos 2 Pinot Noir de diferentes safras e estilos: o Litoral Vineyard 2013, mais tânico, potente, vertical,  e o Lo Abarca Hills Vineyard 2012, 14 meses em barrica, untuoso, aromas de cereja madura, de bosque, terra e cogumelos. Potente e elegante. Um dos melhores Pinot que provei na vida. Uma grande experiência.

Compras (21/07/2019):

Cartagena Riesling 2017 = $8.100 pesos
Casa Marin Sauvignon Blanc Cipreses 2018 = $16.200 pesos
Casa Marin Lo Abarca Hills 2012 = $31.500 pesos
Cartagena Pinot Noir 375 ml 2017 = $3.375 pesos
Cartagena Sauvignon Blanc 375 ml 2018 = $3.375 pesos
Não nos foi cobrada a degustação, que foi ES-PE-TA-CU-LAR.

Me arrependo de não ter comprado mais, foi a primeira vinícola que visitamos, ainda tínhamos outras à frente ...
Para saber mais sobre a vinícola:
www.casamarin.cl 
Agende a visita com antecipação, claro.
Quem importa para o Brasil é a Vinci.

Saindo da Casa Marín com os sabores do vale de San Antonio ainda na boca, fomos à Vinha Matetic. Tínhamos contratado o Tour Equilíbrio, mas como seria somente às 16:00hs resolvemos fazer o Tour Corralillo, às 12:30 hs.

Segunda Parada: Vinícola Matetic



Destaque para os syrah da Matetic, realmente muito bons, da linha de entrada (Corralillo), ou os mais elaborados EQ Cool Climate, que já tinha tido oportunidade de provar.
Compras: 01 Pack com um vinho de cada desses descritos acima, ao preço de $29.840 pesos


Após a degustação, almoço no Restaurante Equilíbrio. Fica distante uns 10 km da Vinícola.




Nossos tours no Chile foram com a 321 Chile, com motorista para não se preocupar em dirigir. Eu recomendo.

Nos próximos posts, as vinícolas do Vale de Colchagua e do Vale do Aconcágua, que tivemos a oportunidade de visitar.

Saúde!


Espumantes Ferrari

Essa viagem fizemos em Julho de 2017. Nesses dias, visitamos dois dos melhores produtores de Amarone : Giuseppe Quintarelli pode ser visto aqui, e Dal Forno Romano aqui , nos arredores de Verona e de lá contornamos o Lago de Garda e será que daria tempo de visitar a Ferrari em Trento também? O nome Ferrari nos lembra o formidável automóvel fabricado em Modena , que dispensa apresentações. Mas,  é do espumante Ferrari que estamos falando agora, tradicional vinícola da belíssima cidade de Trento, norte da Itália.


Chegamos no horário que saía o último grupo para visitas, com outros dois casais de italianos e foi uma visita espetacular também.







A vinícola conserva as tradições, peças e ferramentas que foram usadas para a produção do espumante em uma espécie de museu, que o visitante acaba por conhecer também. Como tinham dificuldade na importação do maquinário para a produção do espumante, os italianos da Ferrari as fabricavam, aos moldes da produção de champagne na França (sempre eles).






Pudemos provar o Ferrari Brut, Maximum Brut e Perlé - excelente espumante, mas um dos mais elaborados, e mais caros da casa é o Giulio Ferrari (este nome em homenagem ao fundador da Empresa, que hoje pertence à Família Lunelli).
Ao final da visita, degustação e compras.



Check-in no Grand Hotel Trento (recomendo muito).
À noite tínhamos uma reserva no restaurante da vinícola, o Locanda Margon, um dos melhores restaurantes de Trento, 2 estrelas Michelin, o projeto gastronômico da Família Lunelli. Um restaurante com pratos para harmonizar com o espumante. Parece uma excelente idéia não? Fizemos a reserva no Bistrô La Veranda. Infelizmente não tirei fotos dos pratos servidos, nem do local. Fomos atendidos muito bem e tenho para lhes dizer que o restaurante é difícil de achar, pois está fora da cidade, mas vale muito a pena.

Para saber mais: https://www.ferraritrento.com/it/

https://www.locandamargon.it/

Quem importa para o Brasil os espumantes Ferrari é a Decanter.