segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Gran Feudo Rosado 2012

Produzido por Julián Chivite, um dos produtores mais consagrados da D.O. de Navarra, Espanha. Navarra não desfruta da reputação da célebre vizinha Rioja, por isso, seus vinhos são mais acessíveis, mas, nem por isso menos interessantes. Devido à proximidade e ao uso de praticamente as mesmas cepas, os vinhos navarros mostram similaridade com os riojanos. A maioria dos vinhos são tintos, com destaque para alguns bons brancos e rosados.

Este rosé navarro é um sucesso mundial, e já o provei em algumas ocasiões. Quando os amigos me pediram um vinho para uma Paella Valenciana, não tive dúvidas em indicar este.


Vinificação: Após um contato com as cascas por tempo limitado, o mosto sofre trasfega parcial por meio de gravidade. O resultado é um rosado natural de sangria.
Não passa por barrica. Álcool a 13% Vol.
Cepa: 100% Garnacha Tinta

Na taça uma bonita cor de pétala de rosa, brilhante, pouco fluido. Aromas delicados a frutas vermelhas e um toque de especiarias. Equilibrado, com uma acidez refrescante e gastronômica. Muito melhor a presença em boca do que a intensidade aromática. Harmonizou muito bem com o prato servido.
Belo produto.

Importado para o Brasil pela Mistral
Comprado pelo site da Importadora, custou 56,11 reais.
Nota= 91 pontos


Saúde!

sábado, 18 de outubro de 2014

Rutini Cabernet Malbec 2012


A Bodega La Rural produz o Rutini e está localizada em Maipú, Mendoza. Possui um belo museu que vale a pena ser conhecido, e, se a visita se estender demais e for muuuuuuuito longa, dá para escapar dali e beber um vinho na sombra de alguma árvore, hehe.




O vinho de hoje é um corte com 50% Malbec e 50% Cabernet sauvignon. Afinamento em carvalho francês e americano de primeiro uso por 12 meses e graduação alcoólica de 13,9% Vol.


De coloração rubi com halo violáceo, denso.  Aromas a frutos vermelhos e baunilha. Em boca os taninos são macios, um vinho fácil de beber, a  Malbec contribuindo com acidez e fruta madura e a Cabernet Sauvignon com a uma boa estrutura de taninos e  dulçor.

Um vinho bem vinificado,  sem arestas,mas não é apenas isso que estamos procurando. Poderia trazer algo mais do terroir onde foi feito e poderia apresentar um pouco mais pelo valor que é comercializado no Brasil (90 a 106 reais).

De qualquer forma penso que é um desafio para as vinícolas fazer vinhos únicos e sem tanto apelo comercial. Na minha opinião não tem bom custo-benefício, porque, como já foi dito, poderia ser mais barato.

Nota= 88 pontos.

Barda Pinot Noir 2012

Uma vinícola de pequena produção na Patagônia, a Bodega Chacra foi criada em 2004 quando um terreno abandonado com videiras de Pinot Noir, plantadas em 1932, foi adquirido. São produzidos 2 vinhos de Pinot Noir de vinhas velhas e o Barda, que foi concebido com a idéia de ser um "segundo vinho", sendo uma mescla dos vinhos de um só vinhedo da propriedade, assim como de uma área recém plantada na propriedade original, de 1932. Além destes 3 rótulos, há um outro, de Merlot.





O Barda ( trad: encosta íngreme), envelhece por 12 meses em barricas de carvalho francês e tem álcool a 13,3% Vol.  

Na taça um vinho de bonita cor rubi translúcido,  pouco fluido, com aroma intenso de cereja e framboesa. Confirma os aromas no palato,com taninos finos e muita fruta. De personalidade clássica, mas bem ao estilo Novo Mundo, delicado e potente. O álcool se sobressai, destoando um pouco o conjunto. Sirva um pouco mais resfriado, à 12°C. Acredito que vá evoluir na garrafa podendo ser guardado por alguns anos.

Preço= No Brasil, por volta de 140,00 reais

Nota= 89 pontos




domingo, 5 de outubro de 2014

Cellaro Lumá Nero D'Avola IGT 2012


Em um almoço de família pude provar este italiano que impressionou bastante, então resolvi comprar uma garrafa para postar no blog.



O Lumá é um tinto produzido com 100% Nero D'Avola, a mais importante uva autóctone da Sicília, pela Cantina Cellaro, uma cooperativa de produtores com cerca de 1.000 integrantes e é um IGT (Vinho proveniente de uma Indicação Geográfica Típica). 

A categoria IGT define áreas de produção bastante amplas, na maior parte dos casos uma região inteira e permite a produção de vinho com uvas autorizadas e recomendadas na zona, que muitas vezes oferecem uma grande escolha, deixando de fato ao produtor uma maior liberdade de produção*.


Uma pequena revisão da classificação de vinhos italiana:

DOCG: A mais alta classificação para vinhos de qualidade
DOC: Classificação equivalente à AOC francesa
IGT
VdT: Vino da Tavola, que é o vinho de mesa e que abrange a maioria da produção italiana. É geralmente de baixa qualidade, mas há exceções.







Neste vinho a fermentação alcoólica é feita em tanques de cimento e afinamento por 6 meses em barricas de carvalho francês.



Na taça uma coloração rubi com halo cor telha, aromas de especiarias e frutos vermelhos em calda, groselha. Pouco persistente.

No palato confirma os aromas, fim-de-boca frutado, mas com certa adstringência, seco, tânico, álcool a 13,5% e sobressaindo-se, caloroso. Um vinho simples. 
Contudo, considero boa a experiência, por se tratar de um vinho diferente, de uma uva autóctone que preserva a tradição do lugar onde foi feito.

Melhorou com o passar do tempo em taça.


Importado para o Brasil por Casa Flora


Comprado no dia 19/07/2014 na São Pelegrino Bebidas, em Caxias do Sul, custou 58,50 reais.

Nota= 86 pontos

* Fonte: Curso para Sommelier Internacional da FISAR



Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2012


O Projeto da Quinta do Seival, da Vinícola Miolo, está instalado no município de Candiota- RS, próximo à divisa com o Uruguai. O vinho mais conhecido e mais nobre deste projeto é o Castas Portuguesas, mas é sobre o Cabernet Sauvignon que comentaremos hoje.


Um vinho elaborado com 100% Cabernet Sauvignon, passa por 12 meses em barricas novas de carvalho francês.





Um vinho vermelho-púrpura, com densa fluidez, lágrimas lentas, aproximadas e grossas. Aroma vinoso, de boa intensidade, mas pouca persistência, a frutos vermelhos em compota. Madeira bem integrada. Taninos redondos e polidos. Harmonia entre taninos - álcool- acidez. Um vinho simples, bem vinificado e fácil de beber. Álcool a 14%. Eu gostei muito, principalmente por poder voltar a beber um bom vinho brasileiro feito de Cabernet Sauvignon.

Diria que é um equivalente ao Dal Pizzol Ancelota, tanto no valor como ao prazer que proporciona à apreciação veja aqui

Comprado em Julho/2014, na própria vinícola, custou 54,00 reias.

Nota=87 pontos