sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Confraria 29.01.2014


Reunião mensal da Confraria na casa do anfitrião do mês, confrade Darley, em uma noite agradável e de muito calor.

De entrada o espumante .NERO da Domno, branco e rosé.


Churrasco caprichado assado pelo Chico aqui de Florianópolis.

A proposta era: Degustação às cegas de dois vinhos tintos, que rendeu muita e boa conversa.


O primeiro parecia ser mesmo um vinho do Novo Mundo com um blend de uvas. Taninos macios, equilibrado, aromas a frutos vermelhos, passagem por carvalho que lhe conferiu elegância, com boa acidez e perfeito para as carnes. Blend com Merlot? Malbec?


O segundo vinho se assemelhava a um Tannat nos aromas, mas adstringente e austero, e com a pouca intensidade de cor e taninos , apontava em outra direção, mas qual?

Santo exercício de humildade!


Amauta 2012
Vinho 1: Amauta 2012
 Produzido pela Adega El Porvenir, em Salta, Argentina, o Amauta 2012 é um blend com 60% de Malbec, 30% de Cabernet Sauvignon e 10% de Syrah.
Álcool à 14,5%.
Envelhecido em barricas de carvalho francês e americano de segundo uso, entre 6 a 8 meses.
Preço: 75,80 reais (Nostra Adega de Florianópolis)

http://www.elporvenirdecafayate.com/




Marqués de Tomares
 Crianza 2009
Vinho 2: Marqués de Tomares Crianza 2009
Produzido pela Bodega Marqués de Tomares em Rioja, Espanha, com a uva Tempranillo (90%) e as inusitadas Mazuelo (Carignan na França) (7%)  e Graciano (Monastel)(3%) -Já postei sobre um vinho desta casta anteriormente- relembre.
Álcool à 13%.
Envelhecido um ano em barricas de carvalho americano

Preço: 69,00 reais (Nostra Adega de Florianópolis)

http://www.marquesdetomares.com/




Embora muito diferentes, ambos os vinhos combinaram com a comida. O vinho 1, ao qual estamos mais acostumados, foi o preferido pela maioria. O vinho 2 com seu diferente aroma e caráter gastronômico foi um desafio às cegas, mas com um caráter peculiar, do Velho Mundo.
E a degustação às cegas é um bom exercício para o apreciador de vinhos, porque presta-se mais atenção à prova, e livre de preconceitos quanto à procedência ou o preço, pode-se melhor proceder à avaliação. Um brinde!


Grande reunião de amigos, em torno do vinho, algo feito mesmo para compartilhar.


Saúde e Um Abraço a todos.


domingo, 26 de janeiro de 2014

Vinho Rosé Taipa Pericó e Rosé Vinha da Defesa Herdade do Esporão

Já comentei sobre vinhos rosés anteriormente relembre, e não costumo postar vinhos que provo na casa de amigos, pelo simples fato de não querer cometer alguma injustiça na avaliação, nem ficar fazendo anotações na casa dos outros, muito chato isso, mas hoje me entusiasmei com os portugueses (novamente!) e decidi escrever minhas memórias.

Pericó Taipa Rosé 2011

Vinho produzido pela Vinícola Pericó em São Joaquim, Santa Catarina, com 60% de Cabernet sauvignon e 40% de Merlot.

Bonita cor salmão, aroma delicado de frutas vermelhas com um leve toque de baunilha, passagem por carvalho discreta. Boa acidez.

Pouco volume em boca, um vinho mais ligeiro, em declínio por armazenagem ou idade? Teria que provar o 2012 para saber. Um vinho mais delicado, mas nem por isso menos interessante.

Nota= 86 pontos







Vinha da Defesa Rosé 2011
Vinho produzido pela gigante Herdade do Esporão em Reguengos de Monsaraz, Alentejo, Portugal, com as castas Aragonez e Syrah.

Bonita cor cereja, aromas de morango, cerejas, confirma no  paladar, que é intenso e muito persistente. Como a maioria dos alentejanos, potente na graduação do álcool, 13,5%, mas que não transparece à degustação, porque o conjunto é muito harmônico.

Um grande vinho, altamente recomendável.

Nota: 94 pontos



Em resumo: dois vinhos próprios para serem provados também no verão. Penso que o nacional, por ser mais leve, harmoniza com entradas frias ou como aperitivo, e o português é mais gastronômico, evolui com a comida e a exalta. Combinou de forma excelente com um salmão ao molho de laranja.

Um brinde!

Espumante Rosé Brut Cave Pericó / Espumante Rosé Brut Adolfo Lona

Talvez pouco valorizados no Brasil, os espumantes rosés têm muito prestígio na região de Champagne e, como diz Adolfo Lona, representam um desafio para o enólogo combinar harmonicamente a força da uva tinta, que deve predominar, com a leveza da uva branca.
Esses dois espumantes são feitos pelo método Charmat (fermentação em autoclaves, sendo um método mais curto e fornecendo um produto mais simples em relação àquele resultante do método tradicional), e os escolhi por achar que são belos representantes deste tipo de espumante feitos no Brasil, ao mesmo preço (35,00 reais). Um embate entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Outros espumantes rosé que fazem sucesso aqui em casa são da Vinícola catarinense Kranz (de Cabernet sauvignon), e da Vinícola Fabian de Nova Pádua, RS (Champenoise e Charmat, provem os dois!). Por coincidência, mais uma comparação entre os dois estados vizinhos. Espero postar em uma nova oportunidade, quem sabe.
Vamos aos vinhos em questão:

Brut Rosé Cave Pericó
Espumante Brut Rosé Cave Pericó.
Vinho produzido pela Vinícola Santa Augusta em Videira, Santa Catarina, com 60% de Cabernet sauvignon e 40% de Merlot.

Já de início seduz pela sua bonita tonalidade salmão, perlage fina e persistente.
Aroma de frutas do bosque, ervas e caramelo. Em boca tem boa cremosidade, é refrescante, pleno. Álcool a 12,4%.

Prove, prove, prove. Vale o investimento. Desafio melhor espumante rosé em qualidade-custo.

Comprado no Supermercado Hippo em Florianópolis, ao custo de 35,00 reais.

Nota= 90 pontos
Altamente recomendável.




Adolfo Lona Brut Rosé

Espumante Charmat Rosé Brut Adolfo Lona

Produzido por Adolfo Lona em Garibaldi, RS, com 60% de Pinot Noir e 40% de Chardonnay.

Na taça uma cor de pétala de rosa e perlage fina. Aroma discreto a frutos vermelhos.

Muito boa cremosidade em boca, amargor final discreto, não compromete. Álcool a 12,7%.

Comprado diretamente na Vinícola, ao custo de 35 reais
Nota: 87 pontos




Em resumo: dois belos representantes das borbulhas nacionais, que acompanham muito bem as entradas ou para serem servidos no calor do nosso verão.
Um brinde!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

EQ Coastal sauvignon blanc 2012




O verão escaldante no Brasil (33°C em Florianópolis pela manhã, com sensação térmica de 40°C), me impossibilita de experimentar os tintos, a não ser em festas com os amigos, o que me impede de postar no blog de forma digna. Aproveito então para provar os brancos, de preferência os refrescantes e os espumantes, que combinam bem com nosso verão.
O vinho de hoje é um Sauvignon blanc da DO de Casablanca no Chile, que segundo os apreciadores e os meus amigos da CBE é um terroir propício para grandes brancos e os tintos de Pinot Noir. É uma zona de clima mediterrânico, pois recebe influência da brisa marítima vespertina. Os baixos níveis de chuva obrigam o uso de irrigação.
Produzido pela Viña Matetic, o EQ Sauvignon blanc tem a sua maturação desenvolvida em tanques de aço inox sobre as borras (sur lie), durante 4 meses. (Vale ressaltar que o Chile é o maior produtor mundial de Sauvignon blanc, em muitos casos de ótima relação qualidade-custo).

Vinho de cor amarelo-verdoso, com lágrimas lentas e grossas.

Aroma intenso de pimentão verde, cítricos (limão), envolto em notas herbáceas intensas. Na boca é seco com um final cítrico, mineral e de leve amargor. Caloroso. Álcool a 14%!

Para quem aprecia a Sauvignon blanc.

Comprado na Grand Cru em Florianópolis, ao custo de 70,00 reais.

Nota= 88 pontos.

Acredito que harmonize muito bem com pratos de frutos do mar, pratos com camarão, ostras. De nossa parte harmonizamos com salmão ao molho de alcaparras e queijo mussarela.
Um brinde!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Zorzal Terroir Único Chardonnay 2013 / Vallontano Chardonnay 2013

A uva Chardonnay é considerada a "rainha das brancas" por fornecer vinhos encorpados, com acidez de mediana a baixa, persistentes, complexos, amendoados e longevos. Sua estrutura é propícia para passagem por barricas de carvalho. Tem papel fundamental no Champanhe e quando vinificada isoladamente dá origem aos "Blanc de blancs". Sua admirável capacidade de adaptação a diferentes climas (assim como no caso da tinta Cabernet sauvignon) garantiu a sua popularidade e versatilidade, já que responde à mais ampla variedade de técnicas de vinificação e dos estilos de cada vinho branco varietal.
Resolvi provar e aqui estão algumas dicas de brancos com a Chardonnay que vão muito bem com o nosso verão tropical. Sugiro provar os dois e fiz esta comparação pelo primeiro ser argentino da Região de Mendoza e o outro nacional, da Vallontano, do Vale dos Vinhedos, ambos quase ao mesmo custo (50,00 reais) e de mesma safra (2013).



Zorzal Terroir Único Chardonnay 2013
Vinho produzido pela Zorzal Wines. 10% do vinho fermenta em barrica nova de carvalho francês, onde se dá a fermentação malolática, no intuito de agregar elegância a um vinho que pretende ser mais frutado.
Cor amarelo palha com reflexos esverdeados, lagrimas finas e lentas.
Aromas não muito intensos, típicos, com abacaxi e pêssego sobressaindo, também aroma de baunilha.
Macio, fácil, final de boca sem amargor. Álcool a 13%.
Comprado na Grand Cru em Florianópolis.
Nota= 87 pontos







Vallontano Chardonnay 2013
Produzido pela Vinícola Vallontano no Vale dos Vinhedos.
A fermentação malolática ocorreu de forma espontânea, no sentido de permitir uma expressão natural da fruta.
Vinho de cor amarelo-verdoso, com lágrimas finas e rápidas. Aromas elegantes e típicos da casta, com abacaxi sobressaindo e com um leve toque herbáceo.
Não passa por barrica, a proposta é apresentar um vinho jovem e refrescante, para o verão.
Em boca é vivaz, delicioso, com baixa acidez, uma mineralidade e bom equilíbrio . Alcool a 12,5%. Final de boca com leve amargor. Uma excelente compra de um vinho nacional.
Comprado diretamente na Vinícola.
Nota: 88 pontos





Em resumo: dois vinhos leves, que acompanham muito bem as entradas ou para serem servidos como aperitivo, o argentino para os que apreciam evolução no carvalho e o nacional para os que apreciam a tipicidade da chardonnay, um vinho mais frutado.
Um brinde!