domingo, 29 de setembro de 2013

Vernus Santa Helena 2009 / Luigi Bosca De Sangre 2009

Dois vinhos degustados na sequência, de mesmo ano que foram "emparelhados" para uma melhor comparação. Chile X Argentina.

Vernus Santa Helena Cabernet Sauvignon 2009



Algo que sempre espero quando provo um CS produzido no Valle de Colchagua é: muita fruta e concentração, riqueza nos aromas e leveza em boca.
Produzido pela Vinícola Santa Helena na zona de Peralillo, coração de Colchagua, com 85% de Cabernet Sauvignon, 10% de Syrah e 5% de Petit Verdot. Estagia por 12 meses em barricas de carvalho francês. Aqui temos um vinho de bonita cor rubi com bordas cor de tijolo, denotando alguma evolução, é um vinho de 4 anos, lágrimas finas e rápidas. Intenso nos aromas, sobressaindo frutas secas e figo, especiarias e tabaco. Com taninos doces, generoso, álcool a 14,5 %, fácil de beber, muito bem integrados os taninos, a acidez, muito harmônico. Está pronto, mas acredito que ainda evolua com mais alguns anos de garrafa. Um grande vinho, mas ressalte-se que parece muito com seus pares, não trazendo muita novidade.
Nota= 89 pontos

O representante da Argentina foi o Luigi Bosca De Sangre 2009, um blend de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, que estagia 14 meses em carvalho (70% francês e 30% americano). Produzido pela Vinícola Luigi Bosca de vários lotes de vinhedos (Los Nobles, Las Compuertas) em Luján de Cuyo, e de El Paraíso em Maipú, Mendoza.
Vinho de cor rubi escuro, denso, aromas fechados de início, linear, evoluindo muito na taça, para camadas de aromas de fruta madura, frutas negras, especiarias. Confirma no palato e com grande intensidade em boca e  grande persistência. Elegante. Comentamos que este poderia se beneficiar de um decanter por alguns minutos, porque é muito rico e complexo. No catálogo da vinícola referem que este vinho tem potencial de guarda de 15 anos, e é de acreditar. Grande vinho. Altamente recomendável.
Nota= 93 pontos. 
Preços? Não sei, foram um presente numa manhã de sábado do amigo e confrade Will, que partilhou os vinhos de sua adega particular com os amigos. 
Saúde a todos! 

sábado, 28 de setembro de 2013

Confraria 25/09/2013

Mais um encontro da minha Confraria de Vinhos, mais uma experiência incrível com os amigos.
Como o prato seria moqueca de garoupa, preparada na casa de um dos confrades, sugeriu-se vinhos brancos. No final provamos um rosé e dois brancos, que estavam muito bons e valeram muito a experiência:

Vinhos:
Made In Provence by Sainte Lucie 2012 (Provence - Rosé)
Das uvas Syrah, Grenache e Rolle. Muito aromático, aromas intensos de morango, groselha. 12,5% de álcool. Achei muito elegante e leve, próprio para ser degustado descompromissadamente, vinho típico de verão. 65,00 reais

Côtes du Rhone Blanc 2012 - Domaine Roche- Audran ( branco)
Das uvas Grenache blanc e Viogner. Algo de mineral, vinho não muito potente, magro até. 13,5 % de álcool. Achei que combinou com o prato. 60,00 reais.

Columbia Crest (Columbia Valley - Califórnia - branco)
Chardonnay 100%. Típico chardonnay californiano, com passagem por barrica, vinho mais potente. 13,5% de álcool. Preferido por alguns confrades que apreciam o carvalho bem presente. 59,00 reais.


Desta vez a grande surpresa da noite para mim ficou por conta do prato. Imagino a harmonização deste com um grande Champanhe vintage, não menos do que isso. O Sr José, cozinheiro da noite, mereceu os aplausos e agradecimentos de todos.
Fica aqui o meu também registrado. Um abraço!


Dario Cecchini, o açougueiro poeta da Toscana

Ao chegar à Toscana, têm- se a impressão de se estar voltando para casa. Passear por seus campos e cidades é um convite à boa mesa e um " prato cheio" para os amantes de vinhos. Aquela paisagem que se vê nos filmes, de casas rústicas e flores nas janelas, com o vento a balançar as cortinas, sob um sol e calor escaldantes, o reflexo da piscina, a Toscana é tudo isso aí mesmo e muito mais. Intitulada “a roça mais chique do planeta”, é morada de poetas, escritores, pintores, artistas expatriados. Foi na cidade de Florença que originou -se o Renascimento, através de mecenas que compravam e patrocinavam o trabalho de alguns dos melhores e mais fantásticos artistas que o mundo já viu. 
Se você é apaixonado por vinhos, fazer o passeio pela S222, que liga Florença à Siena, no coração do Chianti Clássico, é imperdível. Alugue um carro e vá sem pressa, há tantos roteiros e boas opções que fica difícil escolher uma apenas.
Passando por Panzano, não deixe de conhecer a Macelleria Cecchini.

Próximo ao almoço rola uma espécie de boca- livre com vinho, pães, carnes, óleo de oliva.
Jamie Oliver, o famoso chef inglês, já disse que do ponto de vista comercial não sabe como o Dario consegue tanto tempo e dinheiro para esbanjar, mas parece que funciona, pois o local está sempre cheio de gente comprando seus produtos.

O atendimento é com o próprio dono, o Dario está ali a afiar facas e fazer o seu famoso sushi del Chianti ( uma versão do steak tartar ), recebe as pessoas, pede para que te sirvam uma taça de vinho, pergunta de onde voçê é. Mesa farta, vinho, companhia de amigos, calor humano, como não se sentir em casa?

No primeiro dia minha esposa pediu um Mac Dario, que disse estar muito bom, um hambúrguer com batatas especial!


mas que eu não provei, porque tinha olhos só para o meu:

Um prato com 4 tipos de carne, o sushi del Chianti, porco assado com ervas e alho, cubos de carne com molho de pimentão e o Chianti Tuna (outro porco assado e muito temperado). Um deleite para os carnívoros. Um dos melhores pratos que já provei na vida.

Sugiro mais o almoço, mas se você quiser provar a autêntica bisteca fiorentina, do famoso gado chianina, vá à noite.


Já que permitia-se levar o vinho, levamos uma garrafa do Castello di Fonterutoli Clássico, um vinho excelente, mas foi um desperdício.

O vinho da casa era muito bom e servido à vontade, não há necessidade de levar vinho algum. O ambiente à noite é festivo, as pessoas confraternizam em mesas compartilhadas e os idiomas são dos quatro cantos do mundo.

O " chefe" chega na hora de servir, recita alguns versos de Dante, o pessoal aplaude e tiram fotos. A estrela da noite é o "italian lifestyle". Impossível não curtir.

A experiência é diferente, mas se você quiser festejar, essa é a praia.  
Restaurante amigo do vinho: SIM, estamos na Toscana, aqui o vinho é coisa séria, em todos os níveis.
Recomendado fazer reserva antecipada, pois o local é muito concorrido.

Dario Cecchini srl
Via XX Luglio, 11
50022 Panzano in Chianti – Fi – Italia
http://www.dariocecchini.com/

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Almadén Riesling 2013


Nessa busca incessante por vinhos bons e baratos ( tarefa por vezes surpreendente, para o bem e para o mal ), resolvi apostar novamente em um vinho que já há algum tempo recomendo.
A Vinícola Almadén (Pernod Ricard) está no Brasil, em Santana do Livramento, desde 1973. A Almadén foi comprada pela Miolo Wine Group em 2009, foi repaginada e manteve a proposta inicial da produção de vinhos de qualidade a preço acessível.
Este Riesling é feito com as variedades Riesling Itálico e Riesling Renano. Mais um vinho com tampa-rosca (screw cap). Apresenta cor amarelo palha e delicadeza nos aromas, onde percebe-se mais acentuadamente limão e flores brancas. Um vinho jovem, com boa acidez que lhe confere um frescor característico.
Vinho leve, com graduação alcoólica de 12%, bom para ser consumido no verão, como entrada ou mesmo acompanhando refeições leves.
Atenção à temperatura de serviço nos brancos é essencial também. Servir entre 6 e 8 graus, não mais do que isso.
Grande representante nacional na sua faixa de preço. Vale a pena experimentar. Comprei o 2013 do fundo da prateleira, porque à frente só se via o 2012.
Nota= 86 pontos
Comprado no Supermercado e custou 17,89 reais.


Yellow Tail Shiraz 2010



Já disse Jancis Robinson que se você quiser seduzir algum amigo para o mundo do vinho, basta servir vinhos melhores do que ele está acostumado a beber. Se o caso é só provar chilenos e argentinos comuns, servir este Shiraz agradará com certeza!

Produzido pela Vinícola Casella Wines, há 3 gerações, na cidade de Yenda, Austrália. A propriedade foi inicialmente comprada por um casal de sicilianos, Filippo e Maria Casella, em 1957, e em 1971 tiveram sua primeira safra. Hoje é uma gigante da Austrália, sendo seu vinho produzido e distribuído em mais de 50 países.

Garrafa com tampa de rosca (screw cap), fácil de abrir, sistema de vedação característico de vinhos para serem bebidos jovens, já que este tipo de vedação não permite ao vinho evoluir com a guarda.

De cor rubi escuro, lacrimoso. Aromas intensos de geléia de morango, fruta madura e especiarias, que persistem após o esvaziamento da taça. Repetem-se em boca os aromas com boa persistência, taninos doces e macios e baixa acidez. Final com um amargor muito leve. Álcool a 13,5%, e sente-se a potência, sugiro provar à temperatura ideal para tintos jovens, por volta de 16°C.

Bom para o dia-a-dia e por ser um vinho pronto e leve comparado a outros conterrâneos seus, pode ser apreciado sozinho, com um bom queijo brie, mas também harmoniza muito bem com carne assada, churrasco. Vinho dito "moderno" e fácil de beber e agradar, vale a experiência.

Não provei outro shiraz australiano tão bom nessa faixa de preço, então sugiro que se compre, porque vale muito a pena. Ótima surpresa!

Nota= 88 pontos

Comprei no Supermercado, e custou 37,89 reais.





domingo, 15 de setembro de 2013

Em minhas incursões por outros blogs, descobri este vídeo do youtube no site www.papodevinho.com do enófilo Beto Duarte. As etapas da elaboração do vinho na Borgonha. Fantástico!

http://m.youtube.com/watch?v=Yk8k_H3127I



Vinho Durigutti Aguijon D'Abeja Cabernet Sauvignon, 2009



Em um dos nossos restaurantes preferidos em Buenos Aires, o Don Júlio, provamos o Aguijón de Abeja Malbec, não lembro a safra, e gostamos. Ao comprar um outro vinho em um site, o que não costumo fazer com freqüência, preferindo comprar direto com os produtores ou em lojas especializadas, resolvi procurar esse vinho também, mas infelizmente só achei o Cabernet Sauvignon. Adquirido o vinho, vamos à prova.Ao abri-lo algo inédito ocorreu. Como a rolha era sintética, tive dificuldade de desprendê- la do saca- rolhas e me chamou a atenção que meus dedos ficaram pegajosos. Provei a rolha, óbvio, e o gosto era muito doce. Açúcar? Imediatamente fui olhar o rótulo e também pela primeira vez vi um adesivo tapando a inscrição vinho tinto de mesa seco fino por vinho tinto de mesa meio seco fino.

No mínimo isso deveria ser explicado para o cliente na hora da compra, senti- me enganado, embora minha esposa tenha gostado do vinho.
Reclamei no site, dizendo que achava que eles deveriam informar isso antes, mas como resposta me mandaram um email com uma "promoção especial", o que achei um desaforo e nada educado. Não esperava que me devolvessem o valor, apenas queria que modificassem a descrição no site ou me respondessem de forma adequada. Não recebi resposta ainda.

Com a intenção de fazer " vinhos modernos" os produtores esquecem que os clientes podem querer " vinhos mais naturais", mesmo que com alguma imperfeição. Onde estão a transparência e a pureza?

Alguns lojistas (acredito que a minoria) também parecem não se importar. Minhas experiências com compras de vinho pela internet, embora não sejam muitas, como já exposto, nunca haviam me decepcionado, mas terei mais cuidado da próxima vez e não repetirei compras onde fui mal atendido. Onde está a cortesia que é um exemplo no mundo dos vinhos? Com cortesia ganha- se um cliente para toda a vida e com mau atendimento e com toda a oferta que temos hoje fazemos o quê? 

Fui procurar informações no site da vinícola, mas eles não produzem mais esse vinho, ou se o produzem é com outro nome ou outro rótulo.

O exposto acima me impede de recomendá- lo. Acho que sou muito tradicional. Essa história de botar pedra de gelo em espumante e outras coisas no vinho ainda não consigo engolir.

Admira também que seja um vinho acima de 40 reais. Custou 42,90 reais no site. Uma pena, mas que bom que tenho muito mais satisfação do que decepção  com as minhas taças. 

Sites para compra que recomendo:
comprevinhos.com

Clubes do Vinho dos quais tenho boas referencias de amigos:

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Restaurante Baleal - Lisboa


Lisboa é uma cidade espetacular. Fervilhante de dia e à noite, é difícil não se apaixonar por esta cidade que acolhe pessoas de todos os lugares do mundo. Multicultural , com diversos espetáculos ao ar livre, música à noite nas calçadas e um caldeirão de raças de todas as gentes, Lisboa é um espetáculo à parte.
Com múltiplas escolhas quando o assunto é gastronomia, ouve-se que comer bem em Lisboa é fácil, e é barato comparado a outras cidades da Europa. Se você estiver perdido, peça a um português qual é o seu restaurante favorito, ou as opções que ele poderia te sugerir, sempre haverá várias, e lugares únicos, imperdíveis.
Foi assim que conhecemos a Cervejaria Trindade (excelente, uma casa tradicional, muito antiga e que preserva as tradições portuguesas, com pratos de bacalhau divinos) , o Restaurante O Bacalhoeiro 
(muito bom também) e o Restaurante Baleal, este último com o devido relato:
Nos hospedamos próximo ao Restaurante, e tivemos oportunidade de ir em 2 ocasiões distintas.
O Restaurante Baleal está situado em uma rua difícil de ser utilizada pelo turista que visite somente as praças D. Pedro IV e a Avenida da Liberdade, mas de muito fácil acesso por estar em uma rua paralela à praça da Figueira.




À entrada o visitante atravessa um corredor ladeado por 2 grandes aquários com os frutos do mar devidamente em exposição, e entra em um ambiente tipicamente português, onde os clientes podem fazer o pedido e almoçar ou jantar mesmo no balcão ou escolhendo uma das mesas. Me agradou logo de início porque percebi que é ali que os moradores locais fazem as suas refeições ( geralmente é onde come- se melhor e mais barato). Surpreendentemente vazio nas 2 ocasiões que fomos, vimos poucos turistas também.
De início, pedimos o de praxe , azeitonas, pão, óleo de oliva.
A salada de polvo (que muitos consideram uma iguaria) foi recusada, uma pena, porque não foi dessa vez de novo que pude provar.
Amêijoas à Bolhão Pato, uma delícia, muito saborosas, com um sabor difícil de descrever e que não se compara a outro prato.


E uma sapateira cozida à altura ( escolhida pelo nosso garçom, segundo o tamanho que queríamos, no aquário ao lado)


Para acompanhar, um vinho verde.



Em outra ocasião, pedimos um bacalhau... Divino, um dos melhores que já comi.


Como eu queria variar (por opção da minha esposa ficaríamos só no Vinho Verde) pedi um vinho branco de Lisboa ( Prova Regia Arinto 2011) recomendado pelo garçom, que foi um dos melhores vinhos da viagem. Como comem e bebem bem os portugueses! Acompanhou muito bem o prato e completou a experiência.

Valores: infelizmente não anotei, mas barato em relação aos outros restaurantes de Portugal .

Resumo da Opera: vá sem pressa e desfrute de uma autêntica refeição portuguesa sem pagar um alto valor por isso. O atendimento é excelente, os garçons são atenciosos e cordiais. Altamente recomendável.

Restaurante Amigo do Vinho: Sim! Boas taças, valores adequados, carta simples mas com boas opções, o garçom abre a garrafa para a prova, enche as taças e o cliente cuida de servir o restante a seu tempo (os caras sabem das coisas). 

Restaurante Cervejaria Baleal, Lisboa, Portugal.
Endereço:Rua da Madalena, 265 



Salvem a Syrah!

Em um dos meus devaneios de enófilo, imagino um Senhor Todo Poderoso atrás de uma grande mesa, um olhar grave por cima dos óculos de aro redondo a inquirir os seus alunos, nos quais eu me incluo, ao fundo da sala.
Este senhor nos informa que a partir de agora devemos escolher uma uva tinta e uma branca para salvarmos de uma terrível praga que se abaterá sobre todos os vinhedos do Planeta, uma espécie de super filoxera que dizimará vinhedos da China ao Brasil, arrasando tudo, menos as que escolhêssemos. 
Para mim estava claro, mesmo confessando a minha infidelidade quanto aos vinhos, eu iria pela lógica das massas aliando meu gosto pessoal, claro, e também à versatilidade das uvas que eu escolheria. Afinal eu estava também pensando nesse momento ser filho de Deus.
Como a escolha era terrível, e dela dependiam o futuro de toda uma Humanidade de bebedores de vinho, o silêncio imperava na sala. Ouvia -se apenas o vento a mexer os galhos da grande árvore lá fora.
De repente: Evandro! Escolha as suas!
Levei um susto, levantei- me rapidamente e respondi, categórico, as palavras soaram fortes pela sala: Salvem a Cabernet sauvignon e a Chardonnay! Sentei- me aturdido.
O Problema (com P maiúsculo) é que eu também sou apaixonado pela Sangiovese, Pinot noir, Merlot, Tempranillo, Cabernet franc, etc etc etc
E as brancas Sauvignon blanc, a Pinot grigio, a Torrontés, a Alvarinho, a Riesling?
O quê dizer da Syrah então? 

Um dos vinhos que descobrimos em antigos encontros na Confraria foi o chileno Haras Character Syrah 2005. Depois, tive oportunidade de prová- lo em diversas outras ocasiões, nunca decepcionou.
Este vinho é de uma aromaticidade estupenda, camadas de aromas envoltos em uma elegância ímpar. Ao contrário do Shiraz australiano caracteristicamente potente, este é muito feminino, macio no corpo, taninos finos que o fazem ser uma companhia perfeita à refeição ou simplesmente para ser bebido sozinho. Um dos meus vinhos do coração.
Após a prova do Haras acordo do sonho ( pesadelo) gritando assustado:
Salvem a syrah! Salvem a syrah!

domingo, 1 de setembro de 2013

Herdade das Albernoas Tinto 2011



O Alentejo (origem do nome: além do Rio Tejo - para quem parte de Lisboa) é uma das principais regiões vinícolas de Portugal. É uma regiao cheia de planícies e campos, que são repletos de oliveiras e sobreiros ( árvore da qual é extraída a cortiça para a fabricação das rolhas), pontuados de casas caiadas de branco.
O clima é caracterizado por verões secos e muito quentes, chovendo pouco durante o ano. A associação entre pouca chuva e muito sol favorece o pleno amadurecimento das uvas, condição básica para se elaborar um grande vinho.
O Herdade das Albernoas é um Vinho Reginal Alentejano, produzido pela Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana. Elaborado com 60% da casta Aragonez, 20% de Trincadeira e 20% de Castelão. É fermentado em cubas de aço inox. Envelhecimento de 8 meses nas cubas e 2 meses em garrafa, não passa por carvalho. Álcool a 14%.
É um vinho de cor rubi com aromas a frutos vermelhos, com boa tipicidade. Macio e suave ao paladar, que é o que se espera de um vinho alentejano, bem equilibrado, com álcool que não agride mesmo à temperatura ambiente. Vinho para ser bebido jovem, pronto, não evoluirá com a guarda.
Boa relação custo-benefício, o que é característica dos vinhos portugueses em geral, em todas as faixas de preço.
Um bom vinho para o dia-a-dia.
Importador para o Brasil: Porto Mediterraneo
Preço= comprado no Supermercado, custou-me 27,99 reais
Nota= 85 pontos