domingo, 27 de outubro de 2013

Jean Claude Rateau - Vinhos da Borgonha


A Borgonha esta à parte para o mundo do vinho. Não há como negar. Os apaixonados concordam que seus segredos são reservados para poucos, e os reles mortais querem aos menos resvalar nos seus mistérios... E foi assim conosco. Mesmo os produtores admitem que, às vezes, e somente às vezes, quando o clima ajudou muito, e as uvas foram espetaculares, é que são feitos grandes vinhos. O problema é que esse grandes vinhos são tão caros que tornam-se inacessíveis.
Quando uma produção já está vendida para o mercado japonês antes da vinificação, espera-se o quê?
O famoso crítico e escritor de vinhos Patrício Tapia já havia dito: "Os mistérios da Borgonha não são para estudantes sem dinheiro. A prova disso é que os demais vinhos que pudemos comprar (após ter ido a apenas um jantar com vinhos magníficos) com o que restou em nossos bolsos fazem parte hoje desta batelada de garrafas que prefiro imaginar nunca haver provado. "
Nossa base em apenas 3 dias foi Beaune e visitamos grandes proprietários e propriedades na Borgonha: Puligny-Montrachet (propriedade de Olivier Leflaive), Clos de Vougeot, Chateau de Pommard, Joseph Drouhin em Beaune, e comprei uns poucos vinhos de Volnay (Michel Lafarge) e de Fixin em Nuits-St Georges, que assim que provar, posto aqui.
Como eu imaginei que nossa vida seria mais fácil tendo algumas dicas, e eu não conheço ninguém que já tivesse ido lá, resolvi consultar o meu conterrâneo Marco Danielle, que inclusive já escreveu para a Revista diVino sobre a Borgonha veja aqui. Conhecemos Jean Claude Rateau por seu intermédio através de algumas mensagens que enviei de Lisboa, antes de irmos para o Alentejo, naquela mesma viagem.
Há algum que você recomendaria? Então, o Marco nos recomendou o Jean Claude, perto de Beaune, onde iríamos, e pudemos conhecer este produtor biodinâmico numa segunda-feira. Foi muito legal da sua parte ter me dado algumas dicas valiosas. Valeu Marco, agradeço novamente.
Na visita, minha esposa preferiu tirar fotos da propriedade, enquanto fomos degustar na cave. Quando voltei me perguntou: - Mas você encontrou o Bettú na Borgonha? Fazendo uma alusão ao Vilmar Bettú, de Garibaldi (risos, sim, há semelhanças).
Vinhos que são belos representantes da região, se assemelham bastante, com destaque para o Les Reversées, um premier cru, ambos com aromas herbáceos e de cereja. Muito equilibrados, com taninos suaves e com boa vocação gastronômica, impressionam pela delicadeza. Vinhos prontos, evoluirão com a guarda? Ambos são da safra 2010. Harmonizou muito bem com salmão. 
Não estão disponíveis no Brasil, o Les Reversées custou 22 euros e o Les Beaux et Bons custou 16,70 euros, uma pechincha.
http://www.jc-rateau.com

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